Como sempre na vida, é importante termos pessoas "nossas" nas melhores alturas para partilhar a felicidade e também para "distribuir" as dificuldades quando estamos mais em baixo.
Na diabetes há momentos em que, compreensivelmente (ver post sobre motivação) a última coisa que queremos saber é de glicémias, insulina, picadas... É nestas alturas, que termos connosco alguém que se preocupa com a doença e com o nosso bem estar tanto como nós vem ao de cima, quer sejam maridos, pais, amigos...
É impossível alguém estar 365 dias por ano alerta e desperto para qualquer assunto. A diabetes não é diferente... Mas a vantagem de haverem pessoas próximas, que nos momentos certos ajudam e incentivam a fazer o correcto fará, no médio prazo, toda a diferença.
Ter suporte familiar, alguém que compreende o que é a diabetes e sabe lidar com as suas complicações agudas é sem dúvida uma vais valia. Saber que temos alguém próximo e de confiança com quem partilhar dúvidas e receios é decerto reconfortante.
Para ser mais concreto e objectivo, é necessário que quem está próximo incentive a medição da gicémia sempre que a doente esteja indisposta ou antes das refeições (por muito que não queira - e serão muitas vezes!), incentive a administração de insulina para corrigir glicémias entre as refeições, desincentive os hábitos alimentares errados (ver "quando fazemos tudo bem...", etc etc...
Não posso deixar de dedicar um curto parágrafo (mais conteúdo em breve num post à parte) à importância da família em crianças diabéticas. Se é importante em adultos, em crianças é sem dúvida um factor decisivo para as crianças crescerem e desenvolverem de uma forma natural e alegre. É necessária muita maturidade e conhecimento para se lidar a 100% com a diabetes, e nem assim as coisas correm sempre bem. Como explicar a uma criança de 5,6 anos, ou até de 12, 13 anos que tem de se picar diariamente, ou andar com bomba infusora quando os colegas não? É sem dúvida complicado, mas acreditem que se vê (e verá ainda mais com o passar dos anos) a diferença no controlo da doença quando os pais compreendem e se dedicam a esta condição dos filhos ou ao invés são mais "desleixados", até porque as complicações não se vêem a olho nú, muito menos no imediato.
Para concluir, a importância da família não deve por tudo isto ser menosprezada, embora o seja frequente e compreensivelmente pelo doente. Qual foi o familiar que não ouviu já frases do tipo: "Pois!não és tu que te picas!..." ou "Não és tu que te sentes mal no fim de comer!" ou ainda "Claro que é fácil, para ti que podes comer de tudo!".
Menos compreensível será os familiares abenegarem-se da doença refugiando-se no facto de não a compreenderem ou de não ser com eles... Por isso, e agora para os familiares, lembrem-se que a vossa felicidade também depende da da vossa esposa, marido, filho, etc, e que está nas vossas mãos fazerem com que ele(a) se sinta bem, acompanhado(a), seguro(a) e confiante na vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário